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O  autoconhecimento pode te ajudar a entender o valor da solitude

A humanidade criou grandes coisas até hoje. Inventamos a energia elétrica, as telecomunicações, industrializamos e automatizamos os processos de produção. Mas não sabemos ficar sozinhas.

Não sei se, apenas, por uma construção social que vem do tradicionalismo sob o qual nasceram as primeiras civilizações, ou se por uma real dependência científica de socialização, mas é fato que ainda hoje temos muita dificuldade em entender momentos de solitude como momentos tão bons quanto aqueles que estamos em grupo (saudade aglomeração).

Vale esclarecer que solitude não é igual a solidão, pelo menos não é o que defende o filósofo Leandro Karnal. Para ele, a solitude é o lado positivo da solidão, o momento em que conseguimos estar bem em nossa própria companhia e extrair disso aprendizados.

A solidão é para onde vamos quando não queremos ser desafiados, ela “empurra nosso sofrimento para a zona de conforto. Sozinho, eu sofro, porém não sou desafiado por ninguém. Temos de entender esse ponto contraditório sobre estar sozinho.”

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A sociedade nos cobra por relacionamentos e protocolos que nem sempre são o que queremos, ou ainda, não são o que precisamos para aquele momento. Lembro muito bem da sensação de ser observada e julgada quando me divorciei. Em ambientes onde sabidamente eu era casada, as pessoas me olhavam com pena e sempre lamentando a minha – momentânea – solidão.

Entretanto, para além do julgamento alheio (que vale lembrar, não temos controle) eu estava vivendo uma das melhores fases da minha vida! Cercada apenas por pessoas que me faziam crescer, estudando e trabalhando com coisas que eu sentia prazer, descobrindo minhas verdadeiras prioridades e fazendo somente aquilo que eu queria e entendia importante. Entendi naquela fase que a solitude era minha melhor amiga, me entreguei a essa amizade e renasci.

Como isso acontece? Como ser sua melhor companhia e se tornar sua prioridade?

Infelizmente eu precisei passar por muito sofrimento para alcançar esse estado, espero que você não precise disso e por essa razão quero dividir algumas reflexões que me ajudaram:

1) Entenda quem são as pessoas mais próximas de você. Quais são seus objetivos de vida, sonhos, planos, valores. Estão alinhados com os seus? Essas pessoas contribuem para que você alcance suas metas, elas te incentivam e motivam?

2) Para além do que nos une aos amigos, pense naquilo que só você gosta de fazer. O que você faz quando está sozinho, que é seu hobby e não precisaria de companhia para ser feito com prazer? Se a resposta for “não gosto de fazer nada sozinha”, volte 2 casas e se questione novamente sobre a dependência das pessoas ao seu redor.

3) Experimente! Tudo nessa vida é experimentação! Se você nunca tiver a chance de ficar sozinha com esse olhar de se conhecer e se curtir, não saberá a real sensação que esse momento causa. Por isso, aproveite essa fase do ano e tenham date consigo mesma. Vá fazer um passeio, sente num parque, leia um livro, faça uma playlist nova e ouça sozinha, mas se dê a chance de descobrir e conhecer como é essa mulher que habita seu corpo. Garanto que será um encontro marcante e transformador!

4) Arrisque dizer não para os outros e sim para você. Não precisamos agradar a todos o tempo todo e muito menos nos anularmos em nome de ficar bem na fita. Ouse ser independente. Seja a pessoa mais importante da sua vida.

E claro, jamais poderia deixar de mencionar que terapia e coach são ferramentas maravilhosas para tudo isso, porém com uma ajudinha externa. E eu to aqui com a missão de ajudar mulheres cada vez mais latente dentro de mim e quero muito poder te guiar nessa jornada, precisando é só chamar!

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