Inluenciadoras mostram que é possível unir fé e moda

Se há algum tempo atrás alguém dissesse que saia mídi jeans seria uma peça da moda, é bem provável que eu duvidasse da sanidade mental dela.

Porém, como estamos nessa vida para morder a língua (em especial quando se trata de moda), há cerca de 2 anos temos visto uma retomada das saias jeans em comprimento mídi como elemento fashion.

E esse movimento não é sem explicação. Se você voltar nesse post aqui onde falo sobre a tendência do romantismo renascentista, vai entender que o contexto do conservadorismo é maior e mais amplo do que a mera inspiração nas flores do campo do século XIX.

Dessa forma, não só com o intuito de trazer a referência de conservadorismo à tona, mas também com aquela boa e velha reciclagem de tendências, quero te convidar a dar um outro olhar para essas modelagens de roupas mais “tradicionais”.

Influenciadoras mostram que é possível sim unir fé e moda, sem que isso anule suas identidades e estilo pessoal. Por isso, vou te mostrar 3 motivos para desmitificar a moda evangélica.

1) Saia mídi: Ela precisa ser a primeira da lista por ser a peça mais polêmica e que sempre gera comentários negativos das minhas clientes. 

“Ah carol, essa saia é de crente / velha”.

Lembro quando a tendência apareceu e gerou controvérsia, mas hoje se fortaleceu como uma peça que agrega elegância e conforto para a figura feminina. O comprimento dela nos permite movimento e além disso alonga a silhueta por ser de contra alta.

No resgate da moda evangélica vimos ainda o renascimento da saia jeans mídi, que é aquela mais característica de todas! Quem cresceu no meio cristão na década de 90 sabe do que eu to falando! Rs (na minha igreja não era obrigatório usar saia, mas vivi nesse contexto e sei que algumas amigas até hoje não usam calça por questões religiosas).

A dica para deixar a peça mais descolada e atual é combinar com cropped, tênis e escolher as opções com jeans rasgado.

Além disso, de modo geral a moda passou a entrar nos templos e podemos ver que as influencidoras mostram como unir fé e moda, com muito estilo e mantendo o devido decoro para a presença no templo.

2) O dia Beauté das irmãs: Nem só de cabelão sem graça se faz o look de uma mulher cristã. Influenciardes cacheadas também estão na cena e mostram todo o poder do cabelo como ferramenta de expressão.

Com a internet e também o aumento da informação sobre cuidados com cabelo, as meninas passaram a exibi-los de maneiras diversas e fora do padrão pregado no passado, onde o “véu” não podia receber praticamente atenção nenhuma e de modo geral a vaidade era condenada.

Quando vemos perfis como o de Patrícia Ramos e Nathalie Barros fica claro que são outros tempos e a religião não é mais o que vai “podar” a expressão por meio da comunicação visual das “irmãs”.

Em contrapartida, é curioso observar que existe todo um movimento na internet – e talvez fora dela – de meninas que nutrem e prezam por seu cabelão escuro, sem interferência de químicas e tinturas.

Maquiagem era outro item bastante polêmico e controverso no mundo evangélico há algum tempo atrás. Contudo, basta entrar nos perfis das influenciadoras citadas aqui para ver que não é só de pele limpa que vive a irmandade, as meninas hoje em dia se maquiam e são referência no assunto.

Nathalie Barros é uma das que teve sua fase guru de maquiagem no instagram ainda que seu compromisso dominical fosse o culto e não o baile.

3) Estética do sucesso: esse título talvez seja o mais complexo e polêmico de explicar, geologicamente falando, porque não quero parecer encaixotar ninguém, mas é que por muitos anos a igreja cristã protestante levou seus fieis a uma vida humilde e de privações. A riqueza era praticamente um pecado e por isso mesmo não havia muito glamour envolvido na vestimenta das pessoas, a menos que fossem das denominações e ainda congregações mais abastadas como Batistas e Presbiterianos (isso não é uma regra, apenas pincelada no contexto histórico).

O que quero dizer aqui com esses 3 motivos para desmistificar a moda evangélica, é que com surgimento da teologia da prosperidade + internet e tutoriais + renovação no movimento cristão, a coisa mudou! E mudou muito! Talvez você ainda esteja presa em antigos conceitos e paradigmas que hoje tem caído por terra.

O que, inclusive, já gerou alguma dose de preconceito. Agora é realmente a hora de nos afastarmos de qualquer comportamento desse tipo.

Com isso, a estética das igrejas e das pessoas teve que se adaptar a novos tempos, novas mentalidades dos jovens e a racionalização de que não é um cropped que define a espiritualidade de ninguém, muito menos seu cabelo e maquiagem.

Rayza Nicácio é um belo exemplo de influenciadora cristã que fala da sua fé de maneira leve e sem interferência em seu trabalho, que é completamente voltado à imagem. Ela já chegou a ser criticada por sua casa e pseudo “ostentação” mas sempre se sair bem desses comentários e prefere se ater ao discurso de que é possível conquistar sonhos e a riqueza não é, em essência, negativa.

No fim das contas, não acho que ainda exista moda evangélica, o que existe são igrejas mais tradicionais e ligadas a costumes, enquanto outras fazem parte de movimentos de renovação e se tornaram mais modernas.

Hoje me sinto muito aliviada de ver que influenciadoras mostram que é possível unir fé e moda como elemento de identidade, até mesmo para reforçar o que a Bíblia ensina sobre amor próprio (a mensagem de Jesus é mais atual do que se pode imaginar),  com sabedoria e motivando as mulheres a serem de fato belas por dentro e por fora. Afinal, como diz a Bíblia “enganosa é a graça e vã é a formosura” se não tivermos um coração voltado para o Alto.

Agora me conta, conhecia algum desses perfis? Gostou desse conteúdo? Então deixa seu like!