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Moda

Tendência de comportamento na moda, reciclagem de roupas pode ser a saída para um consumo mais consciente

O termo pode parecer estranho, mas ele tem origem na década de 90! Ou seja, é um jovem de 20 e poucos anos que andou meio desconhecido, mas agora chegou ao Brasil e eu espero que se torne o mais famoso “arroz de festa” e a gente aprenda com o upcycling a usar a roupa da melhor forma possível, exercitando nossa criatividade a todo momento!

Upcycling nada mais é que o processo de criar algo novo a partir de itens antigos. Ou seja, usa materiais existentes, que iriam ser descartados, para melhorar os originais. O resultado final geralmente é um produto exclusivo, sustentável, feito à mão e pensado de forma consciente do início ao fim.

Então assim, não vai achando que upcycling é colocar um broche num buraco de uma camisa, ok? Isso é conserto e TA TUDO BEM em fazer isso, aliás é ótimo! Mas o conceito de upcycling é ir além e INOVAR, ou seja, de fato ser seu próprio estilista e fazer surgirem peças completamente diferentes no seu guarda-roupa.

Então eu digo que, se você assim como eu não tem o talento da criação, tenha uma costureira amiga sempre ao lado! Eu fui criada com minha família fazendo roupa em costureira, pra mim é normal ter essa ajuda, mas percebi morando em SP, que nas grandes cidades a cultura é só comprar e descartar mesmo. Isso é muito negativo, especialmente quando falamos de consumo consciente, pois ele passa necessariamente por reaprender a usar a roupa que temos.

Dessa forma, o movimento de upcycling caminha lado a lado com o slow, com o minimalismo e com um mindset de consumo diferente do que temos, De maneira mais lenta, porém respeitosa aos meios de produção e mão-de-obra, vamos conseguindo absorver hábitos de consumo consciente na nossa vida, no nosso novo normal que é urgente e grita por uma mudança de comportamento!

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Motivos para você considerar a reciclagem de roupa, uma saída REAL para sua vida:

  1. Rentabilidade: os materiais usados ou pré-existentes custam bem menos do que os já fabricados.

  2. Criatividade: o upcycling precisa de criatividade para transformar o potencial dos materiais existentes em algo novo, bonito e único.

  3. Sustentabilidade: evita que resíduos têxteis se acumulem em aterros sanitários, além de reutilizar o tecido para criar roupas e produtos novos, sem o uso abusivo de água, como seria para fazer uma roupa do zero. Caso você não saiba, a cada minuto uma tonelada de lixo têxtil é desperdiçada por aí, em algum aterro sanitário.

Além disso, estimular boas iniciativas está sempre na moda, por isso algumas marcas e estilistas procuram estar sempre à frente de projetos ligados à criatividade sustentável. Temos exemplos:

  • Banco de Tecidos

O Banco de Tecidos é um espaço, em São Paulo, onde todas as pessoas podem depositar o que restou da suas produções. Essas sobras ganham a chance de serem usadas novamente, tornando a produção mais sustentável.

  • BumpBox

É uma empresa que incentiva o reúso das roupas entre as grávidas. A BumpBox não vende roupas, ela aluga. Você escolhe quatro peças que combinam com o seu estilo, usa e, após quatro semanas, as devolve, renovando a assinatura e recebendo outras peças.

  • Comas

É a marca da estilista Agustina Comas, que produz roupas por meio da técnica de  upcycling. A Comas reutiliza camisas masculinas, que viram vestidos, saias e blusas femininas.

  • Insecta Shoes

É uma marca de sapatos ecológicos e veganos feitos no Brasil com a reutilização de roupas vintage. A Insecta shoes surgiu em 2014 com a união de duas outras marcas que também tinha como base o upcycling.

É importante que a gente tenha em mente os dados de impacto ambiental da indústria têxtil, para que possamos de fato ver a importância da nossa atitude. Por isso, saiba que a tragédia já começa na fabricação das roupas, pois cerca de 20 a 30% do tecido usado, é desperdiçado e não reutilizado. A famosa sobra de corte. Isso gera uma estimativa de 170 mil toneladas de lixo têxtil vindo da indústria, segundo dados da Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, em 2017.

Quebrar esse ciclo de produção usada há tantos anos (estamos falando do modelo Fordista, que ta aí no mundo desde o século XVIII) é tarefa desafiadora, sabemos, mas como tudo o que eu digo aqui: Temos que experimentar! A era das pessoas nos trouxe muita informação, muito conhecimento e é nossa obrigação espalhar o que sabemos em prol de mudanças positivas para nosso planeta.

Você aí, tem o dom de reciclar roupa em casa, curtiu um tie-dye na pandemia ou é mais do time que leva n costureira e transforma calça em saia, saia em top e etc? Me conta o que você pensa sobre essa nova maneira de consumir moda!

Fontes: Modefica e Sebrae

 

 

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