A segunda temporada de Emily in Paris é um convite à análise de marca pessoal

Goste ou não de moda, sabemos que a mídia é responsável por grande parte da influência que recebemos a respeito do consumo desse tipo de produto. Na primeira temporada houve muita crítica ao figurino da série, mas a segunda temporada de Emily in Paris é um convite à análise de marca pessoal e eu quero mostrar para vocês a importância de fazermos uso consciente da roupa.

Apesar de todo exagero e excesso de criatividade envolvido na composição de seus looks, quero mostrar 5 look elegantes de Emily in Paris e a importância de entendermos a adequação ao ambiente, especialmente quando se trata de imagem e carreira.

Vale lembrar que a figurinista da série é Patricia Field , a mesma que fez Sex and The City (aliás, eu ainda não vi o remake mas estou a fim de assinar HBO só para isso, me digam se vale a pena) e essa jé uma informação que nos revela o DNA da personagem, pois é característica de Patrícia misturar elementos e fazer personagens criativas e que se divertem com a moda.

Outro aspecto relevante na construção da personagem é que Emily é uma jovem americana completamente DESLUMBRADA pela vida em Paris. A sensação que eu tenho é que ela juntou todas as peças mais criativas que tinha em casa, enfiou na mala e foi para a capital francesa achando que viveria em um desfile de alta costura. Porém, mesmo quem não foi à Paris sabe que a parisiense é super cool e minimalista e esse é o divisor de águas na construção de marca pessoal dela.

Quando buscamos destaque no ambiente de trabalho, a imagem e vestimenta são importantíssimos. Costumo dizer que devemos nos vestir para o cargo que queremos e não apenas para o que temos, mas isso passa por obedecer a adequação ao ambiente. Ou seja: não exagerar, nem ser de menos. Entender a sua posição ali e colocar – estrategicamente – elementos que comuniquem esse plus de interessância de acordo com seus objetivos e metas de carreira.

A segunda temporada de Emily in Paris é um convite à análise de marca pessoal pois vejo que, apesar de ainda mais exagero e misturas, ela também fez escolhas que lhe garantiram mais identidade e o carimbo de sua marca pessoal, que é criativa por essência!

Em eventos grandes com seus clientes e até mesmo em suas viagens, Emily se posicionou de maneira muito mais assertiva e inteligente na composição dos looks dessa temporada.

Se no dia a dia do escritório ela é super criativa e descolada, quando precisou ir a um desfile em Versailles ou num fim de semana de trabalho, suas opções demonstraram mais clareza do ambiente e do limite da ousadia. Mesmo sendo um vestido vermelho de tule, está totalmente de acordo com a exuberância do local. 

Da mesma forma, gosto muito do vestido de paetê escolhido para uma festa em Canne, ele se mistura perfeitamente ao glamour e sofisticação do local, combinado com clima jovem e a companhia das amigas!

E ainda destaco 2 looks mais rotineiros: o primeiro com uma composição de cores análogas que ela usa para um passeio casual com o seu novo affair. A saia goiaba e a blusa de ombro á mostra revela uma maneira mais parisiense de se vestir para os dias quentes (só acho que a parisiense iria colocar uma cor neutra aí no meio).

O segundo é um look de trabalho, também com mini saia (é tendência e esse alerta aparece em vários looks da série) e cores que eu AMO: verde e rosa. Em tons mais escuros e brilhantes, essas cores trazem um colorblocking que é ao mesmo tempo chique e moderno, daí a mistura perfeita para o estilo da personagem.

Esses 5 looks elegantes de Emily in Paris não devem ser interpretados sob aquele conceito primário de elegância ok? É preciso ter em mente que a natureza da personalidade dela é criativa, jovem, descolada e sempre em busca do seu espaço no mundo da publicidade (que não exatamente formal).

E assim, a segunda temporada de Emily in Paris é um convite á análise de marca pessoal pois nos provoca a refletir sobre escolhas estratégicas na hora de comprar e usar o que temos em casa. No local de trabalho não precisamos ser outra pessoa ou vestir um personagem, mas é fundamental atentar às regras de Dress Code (quando existirem), ao limite permitido para ousar, e aos espaços de liberdade que você pode receber quando fora do local físico de trabalho contudo ainda sendo sua atividade profissional (eventos, confraternizações e etc). 

Gostei mais dos looks de Emily in Paris nessa segunda temporada e acho que aos poucos a personagem está mesmo fixando sua imagem como marca!

E vocês, o que acham de tudo isso? Tem alguma dificuldade em elaborar seus looks de trabalho nessa realidade pós pandemia? Me conta nos comentários!