VESTIR É COMUNICAR

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Acordei um dia meio sem saber onde eu estava, levou uns segundos pra eu entender que era a minha casa nova… a casa onde eu iria recomeçar minha vida, sem o amor da minha vida.

Lembro que havia um silêncio enorme dentro de mim naquele período, domingo era um dia de muita reflexão porque era o único dia da semana em que minha ocupação era apenas eu mesma. Não tinha trabalho, evento, almoço de família… era só eu.

Porém, mesmo diante de todo esse vazio que se instala quando um casamento acaba, eu não me sentia abandonada ou solitária… talvez meu signo ajude nisso (gêmeos), mas fato é que eu sempre curti estar na minha companhia e usei aquele tempo para fazer muitas coisas legais, que me encheram de conhecimento e reflexão. É a tal da solitude, um conceito que precisamos absorver, diferente da solidão que nos abala e entristece, a solitude é o saber estar sozinho, sem sofrimento.

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Fiquei um tempão solteira e passei pelo dia dos namorados inabalável. A data comercial não mexia comigo, até porque no meu casamento não tínhamos hábito de troca de presentes. Então nunca estive deprimida nesse dia, mas sei que muitas mulheres se sentem assim. Amigas, clientes e seguidoras estão constantemente me contando de seu lamento por estarem solteiras, especialmente em datas como essa.

Lamentar estar sozinha é menosprezar a importância do autoconhecimento, que só acontece quando estamos sozinhos. É achar que alguém tem a responsabilidade de trazer sentido para a sua vida.

A   V I D A   N Ã O   T E M   S E N T I D O.

Essa frase é MUITO profunda… é você dizer que NADA ao seu redor, nem trabalho, nem amigos, família, o ar que você respira, importam. Que tudo, o barulho do mar, um dia de sol, o friozinho do inverno e um café quente em Paris não são coisas desejáveis, porque você não quer viver sozinha. Esse pensamento nos leva a um declínio de saúde mental que pode, muito facilmente, desencadear numa depressão.

Sair desse ciclo de pensamentos sabotadores que te comparam o tempo todo com o que parece ser uma vida perfeita de Instagram, exige esforço e muita vontade, mas a boa notícia é de que é possível sim! Eu tive apoio de terapia para a fase em que achei que nunca mais iria amar de novo e só pensava em fazer os homens sofrerem. Você pode optar por fazer o caminho com ou sem ajuda, o que importa é começar e isso implica em ATITUDE, verbos conjugados no infinitivo sabe?

Hoje não vou olhar o Instagram / Vou sair e andar pela rua sempre que começarem esses pensamentos / Vou fazer aula de dança / Vou ver um vídeo da Casa do Saber e etc… fale consigo mesma, vai dar certo!

Pode parecer mais uma frase clichê, só que eu estou aqui te contando a minha experiência: Enquanto você não tiver se resolvido com você mesma, enquanto ainda colocar sobre o outro a sua felicidade e não tiver feito uma análise crítica de atitudes que precisam melhorar dentro dos seus relacionamentos, não vai rolar ficar com ninguém. Porque a gente só dá aquilo que tem, e se você não tem paz e maturidade, não vai entregar isso ao outro. Pelo contrário, vai esperar que ele te entregue isso!

Olha ao redor… veja quantos casais passam por problemas e tem brigas por motivos tão desnecessários… as pessoas estão cada vez mais egoístas e apenas esperando receber ao invés de se doar. Relacionamento que funciona é aquele onde os dois acordam em doar-se diariamente e entender o outro. Como ilustra Leandro Karnal no seu livro “O dilema do porco espinho”, o desafio das relações humanas, são as pessoas. Elas nos trazem calor mas também espinhos. Nada é perfeito e sem dificuldades. Aproveite essa fase para fazer estudo social e liste o que não quer ter, o que pode suportar, o que quer muito fazer…

Eu gravei um vídeo sobre esse assunto, bem sincera a pedidos de vocês, entra em breve lá no canal… mas enquanto isso, veste uma roupa bonita, faz uma comida gostosa, liga na Netflix, abre um vinho ou uma cervejinha e curte sua companhia nesse 12/6… pode ser o último que você passa solteira, já pensou não ter aproveitado?!

 

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